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Mostrando postagens de 2010

O Tempo: Jóia Preciosa

O Tempo: Jóia Preciosa Rev. Ricardo Rios Melo A ceia está posta à mesa. Os convivas chegaram e as fragrâncias dos perfumes se confundem em meio ao salão. Os sorrisos e o brilho estampado nos rostos revelam uma grande expectativa. O esvoaçar dos vestidos e as roupas ajustadas e com brilhos, muitas de cor branca, revelam crenças, esperanças e costumes. As horas passam e os minutos são contatos como nunca antes fora. De repente, alguém pede atenção de todos e em coro começam a contar: dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um! Concomitantemente ao som de um estouro de um champanhe e de fogos aos céus, ouve-se: Feliz ano novo! Os cumprimentos se intensificam em abraços e, por telefone, se fala com aqueles que estão distantes, desejando-lhes um feliz ano novo! Ao som de “adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize, no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”, as esperanças são renovadas no infante ano. Essa história se repete ano
“Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” Colossenses 3:2 Rev. Ricardo Rios Melo Como é fácil sermos iludidos pela cosmovisão mundana. Parece muitas vezes que estamos participando de um “cabo de guerra” e a corda da brincadeira somos nós. Levados de um extremo ao outro. Pior, somos levados por nossa carnalidade ou por falta de ouvirmos o Espírito e darmos ouvidos às astutas ciladas do diabo (Ef 6.11). Dr. Lloyd Jones diz-nos que há, pelo menos, duas maneiras do mundanismo se manifestar: quando damos ouvidos à sabedoria do mundo em lugar da sabedoria de Deus revelada em Suas Escrituras ou quando somos dominados por aquilo que é lícito. Para melhor entendermos a segunda forma, veja o que Jones nos diz: “Há, porém, outra maneira pela qual a mudaneidade se manifesta. Tudo neste mundo tem sido dado por Deus, e é destinado para o nosso uso. Na verdade, tudo é destinado para nosso desfrute. Tudo é feito e criado por Deus, e assim sendo, obviamente to

O efeito pêndulo

O efeito pêndulo Rev . Ricardo Rios Melo Segundo a BBC, “um monge ortodoxo da Geórgia decidiu se isolar do mundo e morar no topo de uma rocha. Maxime Kavtaradze, de 55 anos, está reconstruindo um monastério em Chiatura, uma área remota do país. A maioria dos georgianos é ortodoxa. Cerca de 450 prédios, entre igrejas e monastérios, foram reconstruídos no país nos últimos cinco anos, com financiamento do governo. Mas, o trabalho no topo da rocha é mais difícil e já dura 13 anos. O monge leva para o alto cada uma das pedras usadas na construção. [1] ”; Essa reportagem me fez pensar na igreja moderna e seu efeito pêndulo: balançando entre as extremidades. Com o afã de agradar o mundo e seus modismos, a igreja hodierna tem se aventurado pelo insaciável caminho do entretenimento. Não é raro vermos modismos nas igrejas com intuito de agradar o público. Os líderes dizem que é a tentativa de se comunicar com o mundo. Contudo, o que podemos constatar é um processo de aculturamento e,

Para quem iremos?

Essa pergunta de Pedro a Jesus no evangelho de João demonstra o total estado de abandono do ser humano e a solução eterna em Jesus: “Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Após Jesus ter feito o milagre da multiplicação dos pães e peixes, o povo foi em busca do alimento e dos milagres que ele realizava. Contudo, Jesus foi mui duro com o povo ao enfatizar o caráter messiânico do seu ministério. Jesus não era um simples milagreiro, é o Santo de Deus: “(...) nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus” (Jo 6.69). Quando Pedro entende seu abandono, seu vazio, sua falta de solução a quem recorrer, ele enxerga em Jesus a solução. Pois Ele é o Santo de Deus. Não é mais homem comum e finito. É o Santo de Deus, a solução para o abandono do homem e do seu vazio existencial. A quem eles iriam recorrer? Quem reunia as qualidades de Jesus e era o Santo de Deus? Pedro direciona certamente seus passos ao seguir a Jesus e a começar
Por que sofremos? As pessoas sempre nos perguntam: se Deus é bom, por que existe o sofrimento? Essa pergunta é inquietante. Quando respondemos que o sofrimento tem sua origem no início de tudo, quando o homem desobedeceu a Deus no jardim do Éden, parece que o homem moderno a ridiculariza. “A resposta cristã - a de que usamos nosso livre-arbítrio para nos tornar muito maus – é tão conhecida que é quase desnecessário mencioná-la. Contudo, é bem difícil reavivar essa doutrina na mente dos homens de hoje e até mesmo dos cristãos de nossos dias. Quando os apóstolos pregavam, eles poderiam supor até mesmo em ouvintes pagãos uma real consciência de merecimento da cólera Divina. Os mistérios pagãos existiam para aliviar essa consciência, e a filosofia epicurista afirmava libertar os homens do medo do castigo eterno. Foi contra esse pano de fundo que o Evangelho surgiu na forma de boas-novas de uma cura possível a homens que se sabiam mortalmente doentes. Mas tudo isso mudou. O Cristian

Entre o abismo do mundo

Entre o abismo do mundo Lá estava um homem, velho. Olhando para longe. Entre ele e um ponto distante, havia um abismo. Com bastante persistência, ele percebe que ao longe não era um ponto que ele mirava, mas pessoas que, de tão distantes que estavam, pareciam formigas se movimentando. De repente, surge no horizonte um perigo terrível. Aquelas pessoas que estão do outro lado do abismo serão destruídas. O homem tenta de todas as maneiras avisar sobre o perigo iminente: brada, pula, acena, mas sem êxito. Em desespero, tenta fazer uma ponte para alcançar o outro lado do abismo. Ele passa um bom tempo fazendo isso. Ao final, consegue chegar perto daquelas pessoas. Vê, em cada rosto, sua semelhança. Ele se espanta ao perceber que as pessoas são tão semelhantes, mas não entendem nada do que ele fala. É a mesma língua, são os mesmos sinais, contudo não conseguem compreendê-lo. Então, ele apela para recurso visual, tenta pintar em cores vivas o perigo que lhes sobrevém. Eles olham para a

SER MEMBRO DE UMA IGREJA, EU PRECISO DISSO?

SER MEMBRO DE UMA IGREJA, EU PRECISO DISSO? Quem nunca ouviu alguma dessas frases: “eu creio do meu jeito” ou “não preciso ir à igreja para ser crente ou para crer em Deus”? Recentemente, essas frases ganharam um grande reforço por intermédio de publicações de livros que incentivam as pessoas a não buscaram a igreja. A idéia é que não existe respaldo para uma religião constituída. Bom, é verdade que a Bíblia não estipulou que a igreja seria Presbiteriana, Batista, Assembléia, Metodista ou qualquer outra denominação, não! Mas, será verdade afirmar que não precisamos da Igreja? E, se precisamos da igreja, o que ela realmente é? Segundo Don Kistler, “As igrejas do Novo Testamento eram igrejas visíveis e locais. Elas se reuniam em lugar específico. Mateus 18.20 fala de umas poucas duas ou três reuniões no nome de Cristo. Atos 11.26 fala que a igreja de Antioquia, onde os discípulos foram pela primeira vez chamados de cristãos, reunia-se com o propósito de ser ensinada. Paulo escreve

Sou Cristão, e daí?

Sou Cristão, e daí? Há muito que ser cristão não passa apenas, para muita gente, de uma pergunta respondida em fichas de emprego ao se perguntar sobre religião. As pessoas respondem as fichas de emprego ou as perguntas de curiosos. Depois de se identificarem como cristãs, as pessoas definem que tipo de cristão são: católicos, presbiterianos, batistas, pentecostais, tradicionais etc. Bom, após essa identificação mais precisa, deveríamos pensar que já poderíamos traçar um perfil comportamental da pessoa, pois religião tem a ver com implicações profundas na personalidade de alguém. Não é sem motivo que Max Weber elabora uma tese reconhecida e estudada mundialmente avaliando o comportamento dos calvinistas puritanos: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Contudo, dizer ser cristão no século XXI não tem surtido muito efeito. As pessoas falam: sou cristão, e daí? Se alguém fosse considerado cristão, seguidor de Cristo, no primeiro século no período de Jesus, isso signifi