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Mostrando postagens de 2008

Mais um ano se passou

As esperanças se renovam a cada ano que se anuncia. As pessoas renovam suas esperanças. A crise e a recessão, apesar de dar calafrios, são esquecidas momentaneamente, pois a expectativa de um ano melhor é melhor do que o pessimismo. O governo anuncia um crescimento pálido, mas é um crescimento! A indústria automobilística anuncia suas perdas, mas suas esperanças são renovadas pelos pacotes do governo e a ajuda vinda dos EUA. “A Toyota anuncia seu primeiro prejuízo em 70 anos de história” [1] , nada mal para quem faturou por 70 anos consecutivos, não acham? O crédito para pessoas físicas, que inicialmente foi ameaçado aqui no Brasil, mostra substancial crescimento: “Com o crescimento do estoque do mês passado, o volume total de crédito do sistema financeiro ultrapassou a marca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) - novo recorde histórico. O BC já esperava que esta marca fosse ultrapassada até o fim deste ano. O volume total atingiu 40,3% do PIB em novembro, contra o número revisado de

Secularização – desafio da igreja moderna

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A palavra secularização tem seu significado definido pelo Aurélio, da seguinte forma: [De secularizar + -ção.] S. f. 1. Ato ou efeito de secularizar(-se). 2. Fenômeno histórico dos últimos séculos, pelo qual as crenças e instituições religiosas se converteram em doutrinas filosóficas e instituições leigas. 3. Transferência de um bem clerical a uma pessoa jurídica de direito público. 4. Tomada de terras e bens da Igreja pelos nobres, ocorrida durante a Reforma Protestante. Os Guinness a define o termo como sendo o “processo pelo qual a influência decisiva de idéias e instituições religiosas foi neutralizada em sucessivos setores da sociedade e cultura, tornando menos significativas as idéias e, mais marginais, as instituições religiosas. Em especial, ele se refere a como nossa consciência e modo de pensar modernos são restritos ao mundo dos cinco sentidos.” [1] A segunda definição do Aurélio e a definição de Os Guinness são bem apropriadas. Secularização é o arrefecimento da ação

Onde está a loucura da pregação?

Há tempos, temos visto a perda do vínculo com a Palavra de Deus. O púlpito poderoso foi substituído por sistemas mais inovadores e mais atrativos. Muitos pregadores perderam a confiança ou se venderam aos tempos modernos. É compreensível, mas não aceitável, a desculpa de que os tempos são outros. Um sem número de pessoas acostumadas com os novos estímulos visuais e auditivos não consegue mais prestar atenção a um sermão com mais de 35 minutos (sendo bastante otimista). Soma-se aos estímulos contemporâneos, o nosso mundo fast, onde tudo tem que ser muito rápido. A internet tem que ser cada vez mais rápida e as informações também. As músicas, que há muito eram para ser apreciadas e analisadas por uma platéia atenta e emocionada, hoje são tocadas em um rádio dentro de um carro cheio de pessoas conversando e ninguém prestando atenção na melodia ou na letra. Talvez seja aquilo que os filósofos contemporâneos chamam de mundo Holywoodiano, onde cada um de nós tem uma trilha sonora particular.

Eleições 2008

Nesse Domingo temos eleições para prefeito e vereador em todo País. É a hora de ouvirmos os infindáveis programas políticos na televisão e procurarmos o candidato com as melhores propostas para nossa cidade. Mas, como escolher dentre tantas propostas e tantos candidatos? Os marqueteiros dos políticos fazem o seu melhor, na tentativa de “capturar” nosso voto. Em plena era da globalização e da famosa internet com suas milhares de informações a cada segundo, aparentemente fica fácil decidirmos em que votarmos. Contudo, logo surge uma dúvida atroz: voto naqueles candidatos que se declaram crentes? Bom, aqui são necessários alguns esclarecimentos: 1) em primeiro lugar, quero desafiá-lo a votar, pois muitas pessoas já se desanimaram com a política e com os políticos a tal ponto de “lavarem as mãos”, ou seja, votar em branco ou anular seu voto. Creio que essa não é a melhor atitude, apesar de termos esse direito, não é muito prudente deixar os quatro próximos anos ao alvitre de quaisquer pes

O barato de ser crente ou o crente barato?

Na reportagem da Veja dessa semana que passou, foi-nos relatada a história de diversos jovens que aderiram a um novo estilo de vida, o estilo: crente. Para esses jovens, o barato é dizer não às drogas, ao álcool, ao sexo antes do casamento, é serem rejeitados ou discriminados pelo seu jeito crente de ser. O articulista da matéria chega a colocar que “Como é comum em grupos de alto teor de crença religiosa, a eventual discriminação vira motivo de orgulho.” A avaliação desse novo grupo que surge, dos evangélicos, a priori, parece-nos boa. Contudo, algo nos chama atenção. Sutilmente, o escritor nos fala das aproximações e dos contrastes dessa “cultura jovem crente” com a cultura jovem. Os jovens crentes podem namorar, mas não podem fazer sexo. Podem dançar, mas sem sensualidade. Podem beber bastante açaí e paquerar bastante sem excessos. Até aí, nos parece um bom protótipo. Contudo, existem nuances importantes no bojo do texto que não devemos deixar de destacar. Há alguns aspectos na per

Outra vez domingo

Mais uma semana se passou. Chegamos ao domingo; o primeiro dia da semana. É um dia de rotinas: acordar cedo para ir à igreja; aguardar o término da Escola Bíblica Dominical para almoçar; no fim da tarde outro culto e estamos novamente na igreja. Parece que esse ritual, essa rotina tem deixado muitos crentes cansados. O caos da cidade grande e as distâncias e congestionamentos levam muitos a desistirem de sair de suas casas para enfrentar o “enfadonho” domingo. Se todos os domingos são iguais, para que se deslocar de sua casa e enfrentar tamanho obstáculo? Você já participa assiduamente das programações semanais da igreja, aprendendo das Sagradas Escrituras com o pastor e orando nas reuniões de oração. Por que você deveria sacrificar seu precioso domingo? Se você faltar o domingo pela manhã e for só à noite ou faltar um, dois, três ou mais domingos, o que isso lhe trará de mal? Aliás, Deus não é seu patrão para demiti-lo, não é verdade? O domingo, para muitos, se tornou um peso, um fard

Você é um corredor?

Na história da humanidade, temos bastantes elementos para afirmarmos que existe, de algum modo, nos seres humanos, um “espírito” ou “instinto” de competição. Esse espírito é algo que faz com que esses homens busquem a superação dos seus limites e dos outros. As olimpíadas estão inseridas nesse aspecto competitivo. Existem fortes indícios de que os elementos culturais fazem parte do espírito aguerrido dos homens. Contudo, saber quem veio primeiro, “o ovo ou a galinha”, seria um exercício tautológico sem fim – ou seja, saber se esse espírito é inato ou construído requereria estudos mais abrangentes que esse breve arrazoado e, muito provavelmente, andaríamos em círculos. Vejamos a cultura grega. Perceberemos que os gregos trazem esse “espírito” competitivo em sua formação. “A competição entre as cidades gregas, fruto do espírito agnóstico tão presente em todos os aspectos da cultura grega, pode ser documentada, a partir da época arcaica, no freqüente estado de beligerância que domina a hi

Será a predestinação um empecilho à evangelização?

Em algumas reuniões de concílios, tenho me deparado com alguns índices e questionamentos intrigantes. Um desses índices é que o presbiterianismo nem aparece nas pesquisas. Estamos, segundo os estudiosos, na coluna estatística: outras denominações. O questionamento que é feito sobre esse índice é por que o presbiterianismo não cresce na mesma proporção das demais igrejas? Uma das respostas está alicerçada no paradigma metodológico: a Igreja Presbiteriana do Brasil segue métodos bíblicos e algumas dessas denominações crescem em detrimento da doutrina; até mesmo negociando-a. Outro argumento que nos é dado é a respeito da doutrina presbiteriana que faz com que as pessoas se acomodem. Para que evangelizar se os eleitos serão salvos? Como tentativa de resposta a essa pergunta, teremos que recorrer a alguns pontos que foram extraídos do Remonstrance (protesto). O Remonstrance foi um protesto realizado em 1610, feito pelos discípulos de Jacob Arminius - pastor da Igreja Holandesa Reformada qu

Onde estão nossas lágrimas?

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Há muito, “num relatório da Conferência Estudantil Missionária de 1900, há no apêndice uma declaração: CASO houvesse um único cristão no mundo e ele trabalhasse e orasse durante um ano para conquistar um amigo para Cristo, e CASO, então, essas duas pessoas continuassem a cada ano a conquistar mais uma pessoa, e “CASO cada pessoa que também foi trazida ao reino conduzisse a cada ano uma outra pessoa a Cristo”. A progressão matemática revelou que ao final de 31 anos haveria mais de dois bilhões de cristãos. Alguns talvez duvidem da validade dos cálculos, os quais estão inteiramente fora do domínio das leis da probabilidade ou das promessas da Palavra de Deus. Outros talvez questionem o acerto de um cálculo que parece levar em conta que todos os que se tornarem cristãos estarão vivendo durante todo aquele período de 31 anos, embora saibamos que aproximadamente um trigésimo da população da terra morre a cada ano. Deixando tais indagações de lado, quero simplesmente considerar o princípi

Tudo sob controle – de quem?

Ano conturbado esse, não acham? Gente jogando criança pela janela; mulheres seqüestrando crianças recém-nascidas na maternidade; crianças morrendo em hospitais por atacado; soldados entregando pessoas a criminosos. Sem falarmos da política que continua a mesma. Mas, para completar esse semestre, “o menino João Roberto Amorim Soares, 3 anos, teve a morte confirmada no final da tarde desta segunda-feira no Hospital Copa D'Or (zona sul do Rio). A criança foi atingida durante perseguição policial, na noite de domingo (6), na rua General Espírito Santo Cardoso, na Tijuca (zona norte). Policiais são acusados de disparar pelo menos 16 tiros no carro da família do menino, que teve morte cerebral confirmada na manhã de ontem. Os dois PMs envolvidos na operação foram presos no 6º Batalhão Tijuca ( http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u420133.shtml ). A violência, antes vista de um prisma distante, pálido e em preto em branco nos jornais impressos, adentrou nossos lares pelas

Vamos ao cinema?

Fim de semana. A hora foi marcada e os ingressos já foram obtidos. Antes de entrar na sala, comprar pipocas e refrigerante, para alguns, é indispensável. Ir ao toalete também é uma boa pedida para não perdermos o filme. O filme começa. Ao lado, percebemos casais de namorados que não estão nem um pouco interessados no enredo do filme. O barulho da pipoca é extremamente desagradável em filmes de suspense. Algumas pessoas não se contentam em só assistirem o filme; comentam o tempo todo e fazem cenas dramáticas se transformarem em comédia, pois riem o tempo todo. Outros parecem sofrer de hiperatividade. Não param quietos na cadeira em nenhum momento; só dão sossego quando vão ao toalete cerca de quatro vezes ou mais. Para completar, temos, de um dos lados da sala, os críticos de filmes, aqueles que nunca escreveram um roteiro sequer ou que nunca escreveram algo que valha a pena, mas são exímios críticos. São tão perspicazes que comentam cada expressão dos artistas e de suas falas. Contudo,