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Mostrando postagens de junho, 2014

Os escolhedores de cabeça

Os escolhedores de cabeça Por Rev. Ricardo Rios Melo   Em minha infância, eu me lembro de ter assistido filmes e desenhos do Scooby-Doo onde uma tribo assustadora e grotesca tinha o poder de encolher cabeças. Estudos atuais já detectaram esse método e descobriram o segredo dessa tribo:   Os Encolhedores de Cabeça eram assim conhecidos justamente por causa prática do ritual e do conhecimento da técnica [para encolher as cabeças], mantida em segredo por incontáveis gerações; eles pertenciam a uma tribo denominada Shuar ou Shuaras [e suavam; ô, como suavam para encolher aquelas cabeças!]. Os Suharas são um grupo étnico [biótipo, cultura, dialeto próprios] que habita uma região da floresta fronteiriça entre o Peru e o Equador. O ritual era praticado como uma forma de justiça aplicada aos inimigos. Os nativos acreditavam que aquele processo era necessário para anular o poder do Espírito daqueles mortos de retornarem em busca de vingança. Ou seja, era uma forma de evi

No corredor da morte

No corredor da morte  por Rev. Ricardo Rios Melo O que você faria se fosse sentenciado à morte? O que você pensaria? O que você mudaria em sua vida? E se você tivesse uma chance de viver? Pois é, muitas pessoas apenas param para pensar na vida quando estão em um leito de hospital ou quando a morte é iminente. Pensamentos existenciais normalmente são descartados: “quem sou eu?”, “O que estou fazendo nesse mundo?” “Para onde vou?”, “Qual a finalidade da vida?”, “Minha vida valeu a pena?” Infelizmente, a vida agitada e corrida da pós-modernidade tem fabricado robôs humanos que deixaram de fazer perguntas que nortearam muitos antepassados. Isso lembra um filme excelente de Charles Chaplin: “Tempos Modernos”, onde Carlitos faz a célebre cena de um operário vítima do automatismo industrial. Um filme que nos ensina como falar verdades brincando, como o próprio Chaplin dizia: “ Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer

Antes que o galo cante

Antes que o galo cante  O que é o homem? Essa pergunta permeia os livros de filosofia, história, antropologia, psicologia, teologia, biologia, sociologia etc. Que ser tão magnífico e ao mesmo tempo tão complexo e frágil; capaz das maiores proezas e das maiores barbáries. O salmista, no salmo 8, faz uma pergunta magnífica quando compara a criação de Deus com a criação do homem: “ Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste , que é o homem, que dele te lembres e o filho do homem, que o visites? ” ( Sl 8 .3, 4 ). Pascal, acertadamente, fala que “ a simples comparação entre nós e o infinito nos abate ” ( PASCAL, Bleise.  Pascal – Vida e Obra - Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1999, p. 47).  Somos abatidos pelo simples fato de sermos humanos; criaturas limitadas contemplando o ilimitado universo e nos debruçando no inesgotável conhecimento. O finito olhando atônito para o infinito. Como se a finitude não bastasse, o hom