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Mostrando postagens de maio, 2014

“O varal da vizinha”

“O varal da vizinha”   Começo esse arrazoado com uma ilustração muita conhecida e propagada em vários sites da internet. Segue a história: “ Na primeira manhã de um casal em sua nova casa, durante o café, a mulher reparou através da janela uma vizinha que pendurava seus lençóis em um varal. Ela, então, comentou com o marido: - Mas que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Provavelmente ela está precisando de um sabão novo.  Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! O marido observou calado. Alguns dias depois, novamente durante o café da manhã, a vizinha pendurava seus lençóis no varal. A mulher então comenta com o marido: - Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um mês, a mulher surpreendeu-se ao ver os lençóis

Minha casa minha vida

Minha casa minha vida Rev. Ricardo Rios Melo       Essa frase é muito popular no Brasil e virou um programa de governo. No bojo dessa ideia, temos uma sacada política em reconhecer que a aquisição de uma casa representa, subjetivamente, a conquista do seu espaço e de sua individualidade. A conquista da casa é a certeza de que você terá um lugar para recostar sua cabeça. Um endereço para voltar. Um lugar para dizer que é seu e que te pertence.   Que emoção deve ter uma pessoa ao receber as chaves de sua moradia própria! A alegria e satisfação da conquista. Os obstáculos transpostos. Deve, com razão, passar um filme na cabeça com os piores e os melhores momentos: lutas, dificuldades e, finalmente, a tão esperada vitória! Quando alguém está muito distante de seu país e de sua família, a primeira coisa que diz ao chegar ao lar é: que bom estar em casa! A ideia de casa como pertencimento, local específico, habitação é muito comum em nosso linguajar e imaginário.

Quando eu tiver tempo...

Quando eu tiver tempo...   “Quando eu tiver tempo eu farei ...”   essa é uma das frases que mais ouço. O tempo já foi cantado, transformado em verso e prosa, já foi senhor de destinos em vozes brasileiras, como a de Caetano Veloso. O Tempo e o Vento é tema literário na pena de Érico Veríssimo. O cantor e compositor Cazuza dizia que “o tempo não para”. Renato russo escreveu “Tempo Perdido”. Há um fascínio inegável pelo tempo.   Muitos gostariam de segurá-lo com as mãos, mas, como água, ele escorre pelos dedos. Os que gozam de felicidade gostariam de congelá-lo. Os sofredores oram para que ele passe logo. Os namorados apaixonados gostariam de eternizá-los, mas os que sofrem de amor querem que ele seja a cura para a ferida. O tempo também é a desculpa perfeita para quase todas as irresponsabilidades humanas: não tive tempo. Basta dizer que está sem tempo para nada e você, supostamente, resolve boa parte das cobranças dos outros. Os estudantes dizem que não tiveram

“Assim caminha a humanidade”

“Assim caminha a humanidade” Rev. Ricardo Rios Melo     Confesso que, há muito, tenho vontade de escrever sobre esse tema. O talentoso Lulu Santos utiliza esse título em uma de suas belas músicas românticas. Entretanto, o meu assunto longe está de ser romântico. Aliás, espero sinceramente que não haja romantismo quase nenhum, pois nenhum é impossível.   Historicamente, o homem tem repetido atos que são lidos facilmente pelos historiadores e relatados em livros. Violência e desigualdades, por exemplo, não são nenhuma novidade. Guerras, contendas, assassinatos, corrupção, roubo, latrocínio, genocídio, egoísmo; a lista é extensa e exclui, por questões objetivas, atos de altruísmo. Se bem que até o altruísmo pode ser avaliado sob o aspecto do ganho emocional: “eu me sinto bem fazendo isso...”, ou seja, nada é de graça. A imagem traçada e retratada do homem pela história em nada nos conduz a ufanismos ou esperança de que as coisas mudem. A humanidade caminha para sua