A modernidade e a animalização do homem Ninguém negará a mudança de paradigmas que ocorreu durante a história da humanidade e, principalmente, na famosa Idade Moderna. Uma das características fundamentais dessa mudança de paradigma é a própria visão que o ser humano tem de si mesmo. Na Idade Média, o homem se considerava a imagem e semelhança de Deus. Apesar das distorções sobre a idéia do corpo, onde “o corpo cristão medieval é de parte atravessado por essa tensão, esse vaivém, essa oscilação entre a repressão e a exaltação, a humilhação e a veneração” (Le Goff, Jacques, Uma história do corpo na Idade Média , Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 13), há uma posição colocada para o homem: ele balança entre o amor e a ira de Deus. O mundo moderno, marcado pela influência da Filosofia Racionalista de Descartes, é decorrente de uma linha de pensamento que surge desde a Renascença, onde “o mundo passou a ser considerado cada vez menos como sagrado e mais como obje
Este é um espaço para discussões teológicas, culturais, filosóficas e tudo que envolve a vida. O autor segue a linha reformada como lentes para enxergar o mundo.