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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

A modernidade e a animalização do homem

A modernidade e a animalização do homem Ninguém negará a mudança de paradigmas que ocorreu durante a história da humanidade e, principalmente, na famosa Idade Moderna. Uma das características fundamentais dessa mudança de paradigma é a própria visão que o ser humano tem de si mesmo. Na Idade Média, o homem se considerava a imagem e semelhança de Deus. Apesar das distorções sobre a idéia do corpo, onde “o corpo cristão medieval é de parte atravessado por essa tensão, esse vaivém, essa oscilação entre a repressão e a exaltação, a humilhação e a veneração” (Le Goff, Jacques, Uma história do corpo na Idade Média , Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 13), há uma posição colocada para o homem: ele balança entre o amor e a ira de Deus. O mundo moderno, marcado pela influência da Filosofia Racionalista de Descartes, é decorrente de uma linha de pensamento que surge desde a Renascença, onde “o mundo passou a ser considerado cada vez menos como sagrado e mais como obje

Estêvão e Kiko

Estêvão e Kiko Hoje eu quero lhes apresentar dois membros da igreja: um se chama Estevão e sua biografia é ampla. Foi chamado por Jesus e logo foi comissionado diácono; suas credenciais estão em At 6.5: “ homem cheio do Espírito Santo ”, “Cheio de graça e poder” (At. 6.8). Evangelista intrépido que incomodava a liderança religiosa da época (At. 6.9-15) também era um homem que tinha a sabedoria do Espírito (At 6.10). Este Estevão é ativo, trabalhador. Como diriam alguns, “não tem tempo ruim”. Trabalhou tanto para o Senhor e incomodou tanto que tentaram calar seus lábios com testemunhas falsas (At 6.11). Levaram-no a um falso julgamento e o sentenciaram a morte; cometeram um crime, pois tanto o julgamento como a sentença foram incorretos e até a pena de morte aplicada foi fora da lei da época (At 7.1-60). Estêvão tinha mais uma característica. Ele conhecia as Escrituras e confiava plenamente em Deus. Sua defesa foi o discurso fantástico desde os Patriarcas até Jesus. Esse home

Arrastando a Cruz

Arrastando a Cruz Aprender a observar é uma arte que dá trabalho. A prática da observação requer interesse por aquilo que se observa. Jesus constantemente usava as expressões “olhai”, “observai”, que significam olhar com a mente, considerar atentamente, comparar. Em 2 Coríntios 13.5, o apóstolo Paulo fala do auto-exame usando a palavra examinar : “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” . A idéia da palavra examinar é de testar, apurar se realmente uma tarefa pode ser realizada. Essa palavra também é usada no sentido positivo de provar e, dependendo do contexto, pode ser usada como tentar. Os coríntios deveriam testar se realmente estavam na fé. Partindo da idéia da observação e da auto-observação, poderemos nos debruçar de maneira atenta para a igreja moderna. Pensemos de uma maneira bastante reflexiva sobre esse assunto. A tentativa é: primeiro, observa