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Mostrando postagens de março, 2007

Púlpito ou Divã?

Meus queridos irmãos, nunca se pregou tanto sobre culpa, auto-ajuda, comportamento (do ponto de vista psicológico) como hoje. O púlpito se transformou em um verdadeiro divã, onde o pregador é o Psicólogo e os ouvintes são os pacientes. É comum ouvirmos: “você deve liberar o perdão!”, “você deve ministrar graça na vida das pessoas!”; não que isso em si não seja verdade; o fato é que falar de pecado hoje, se tornou démodé. As pessoas querem ouvir sobre suas emoções, sobre seus conflitos, dúvidas, anseios e dificuldades emocionais. E os pregadores, no intuito de não perderem sua “audiência”, estão cada vez mais atraídos pela nova forma de abordagem. O texto bíblico é apenas um pretexto para suas mensagens de auto-ajuda. O perdão ao próximo é tão enfatizado, que podemos até fazer uma análise de suas pregações. É até possível perguntar: será que o pregador tem algum problema nessa área? Como o nosso papel não é analisar ninguém, devemos apenas passar essas mensagens pelo crivo da Escritura;

Se existisse o Se?

Quem nunca se entristeceu com uma alternativa errada na vida? Quem nunca titubeou diante da bifurcação de um caminho? Quem nunca olhou para trás e disse: “se eu não tivesse feito isso? Se eu não tivesse agido assim? Esse tema parece tão inquietante para o homem que até uma propaganda recente do G1, canal de notícias da Globo.com, lançou esse tema aterrador nas consciências de seus telespectadores: “se o homem soubesse que iria chover, não se molharia. Se ele soubesse que haveria guerras, ele não teria inventado a pólvora...ele sofreria menos...” O Se tem acompanhado as mentes humanas desde a sua gênese. Certamente, muitas pessoas se martirizam mais pelo Se do que pelo que fizeram. A possibilidade de se pensar no Se e a impossibilidade do Se existir como opção real fazem com que muitos sejam ansiosos e frustrados. O Se tem muito mais a ver com o remorso do que com o arrependimento. Percebam que as pessoas que se concentram no Se geralmente se entristecem pelo não feito, mas muitas vezes

O Culto da Personalidade

O culto da personalidade Queridos, é só ligar a televisão, abrir as revistas, olhar em torno da cidade com seus milhares de outdoors que perceberemos o culto às celebridades e da personalidade. É tão interessante quando paramos atentamente para analisarmos esse fenômeno. Se você tiver tempo para perder assistindo os programas de auditório, perceberá como as celebridades de determinada área são solicitadas como autoridade em assuntos que não conhecem ou que não dominam. Mas, por serem “ídolos”, têm o peso de sua opinião quase que como uma verdade inquestionável. As pessoas aplaudem e imitam seus pensamentos todas as vezes que essas personalidades dão seu parecer em determinado assunto. Recentemente, em uma entrevista, o ator José Wilker, após ter interpretado JK, disse que muitas pessoas querem sua opinião sobre política, mas, que apesar de ter feito um personagem político, ele não é especialista no assunto. Esse episódio retrata com clareza duas coisas: 1. o profissionalismo desse ator

Maioridade ou Maior Dignidade?

Maioridade ou maior dignidade? Creio que uma coisa não exclui a outra. A discussão da maioridade penal no país vem maquiar e camuflar problemas reais da sociedade que já não agüenta mais tanta hipocrisia. Talvez seja bom responsabilizar um jovem de 16 anos que não pode sofrer a pena de gente grande, mas pode matar gente grande e pequena. Talvez não seja bom, pois estaríamos apenas combatendo o resultado do problema e não a causa. Ou quem sabe poderíamos fazer as duas coisas? Sinceramente, não sei dizer se diminuir a idade penal irá adiantar alguma coisa, mas, certamente, para os pais de João Hélio, o menino que foi arrastado por quarteirões no Rio de Janeiro, essa medida poderá, ao menos, dar uma sensação de justiça em um país marcado pela impunidade. Enquanto o Senado discute a maioridade, o povo sofre a maior violência. Dia a dia, as pessoas têm sido violentadas em todas as esferas e, principalmente, em sua dignidade. Será que se tivéssemos empregos, bons salários, saúde de qualidade