Aladim
e o gênio da lâmpada
Quem nunca ouviu falar da história de
Aladim? Um menino que acha uma lâmpada mágica que contém um ser mágico – o gênio
que atende todos os seus desejos? A história é de origem árabe e pertence à coletânea
das Mil e Uma Noites. Foi popularizada
pelo francês Antoine Gallande.
A história original conta a vida de um
garoto de 15 anos que era irresponsável e não queria seguir o trabalho de seu pai.[1] Por
sua irresponsabilidade ele era tido por preguiçoso e mau.
Em determinado momento, ele encontra
um mago malvado que lhe faz uma proposta: “O mago pede a Aladim que entre na caverna
misteriosa para retirar de lá a lâmpada e, em troca, lhe oferece uma fortuna.
Entrega-lhe um anel mágico para sua proteção. Aladim entra na caverna e pega a
lâmpada, mas o mago tenta ludibriá-lo na saída da gruta, e ele acaba preso na
caverna com a lâmpada. O gênio que habitava a lâmpada se manifesta após um
gesto acidental de esfregá-la, e concede a Aladim a realização de seus pedidos,
que são todos consumados. Um dos desejos de Aladim foi o de se tornar um príncipe e desposar a princesa, filha do sultão.
Ao transformar radicalmente sua realidade pessoal tornando-se príncipe, transforma-se
em adulto, casa-se e passa a ser o governador de seu reino”.[2]
Essa história é muito bonita, empolgante e, como
deve ser fantasiosa. O problema é que muita gente vive como se fosse Aladim: de
maneira irresponsável e buscando encontrar uma lâmpada pelo caminho para
salvá-lo.
Não é difícil encontrarmos pessoas que ficam
aguardando um milagre depois de cometerem vários enganos e irresponsabilidades.
Buscam uma lâmpada, um gênio, ganhar o jogo na última hora.
O Deus da Bíblia é o Deus do milagre! Ele pode,
se quiser, virar qualquer jogo, pois Ele é o dono de tudo. Contudo, ele não é o
gênio da lâmpada que satisfaz os nossos desejos. Ele não tem compromisso com
nossos desejos! Ele não é nosso servo! Ele não fica esperando uma esfregadinha
na lâmpada.
O modo de alcançar a Deus é curvando-se diante
Dele, arrependendo-se e suplicando: “ponha
a boca no pó; talvez ainda haja esperança” (Lm 3.29).
Muitos cristãos também estão tratando Deus da
mesma forma que Aladim, acham que é só pedir que o seu desejo será concedido. Entretanto,
fica a mensagem tão forte de Tiago: “pedis e não recebeis, porque pedis mal,
para esbanjardes em vossos prazeres” Tg 4:3.
Ao buscarmos Deus só nos
momentos de apuros, passamos a mensagem de que a nossa relação com Deus é uma
relação infantil, fantasiosa, irresponsável, “aladínica”.
Muitos pensam que, ao
encontrarem a “fé”, descobriram o gênio da lâmpada. Entretanto, essa suposta fé
é apenas uma História das Mil e Uma Noites!
O Deus da Bíblia só se
encontra na Bíblia.
Que Deus nos abençoe!
Rev. Ricardo Rios Melo
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