Mãe, a culpa é do Joãozinho Quantas vezes ouvimos essa história? Em minha época de criança, era muito comum contar histórias engraçadas com o nome de Joãozinho. Ele sempre levava a culpa de qualquer confusão. Quando somos crianças, é bem natural ouvirmos os nossos pais nos confortarem quando batemos a cabeça na parede ou mesa: - mesa feia! Vamos bater nela. Pôu, pôu! Vamos crescendo, e a culpa continua sendo do outro. Se eu bater em alguém, é porque ele me provocou. Se eu me irrito, é porque fulano é irritante. Se eu me atraso, a culpa é do trânsito ou do transporte. Se eu faço uma prova ruim, a culpa é do professor que é muito exigente. Somos sempre reagentes. Nunca agentes de nossos atos. Alguns assassinos e ladrões, ao serem perguntados sobre o porquê de suas ações malévolas, ecoarão o bordão: “a ocasião faz o ladrão”. Os corruptos falarão do sistema. O fato é que reconhecer o nosso desejo e, consequentemente, a culpa por atitudes ruins ou falhas é penoso! Mu
Este é um espaço para discussões teológicas, culturais, filosóficas e tudo que envolve a vida. O autor segue a linha reformada como lentes para enxergar o mundo.