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Mostrando postagens de 2011

O Eterno e o tempo: o imediatismo da vida imediata

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O Eterno e o tempo: o imediatismo da vida imediata Rev. Ricardo Rios Melo Antes desse arrazoado, é melhor fazermos o que Aristóteles chama de definir, pois definir é limitar. A palavra eterno, do latim aeternu, refere-se àquilo que não tem início e jamais terá fim. O eterno é o não-tempo. O que sempre existiu e sempre existirá. Abbagnano ressalta que a discussão da eternidade permeia a filosofia pré-socrática até a contemporaneidade. A palavra eternidade se divide em duas definições: 1º. duração indefinida do tempo e 2º. intemporalidade como contemporaneidade. Para Platão, “eterno é o que não era nem será , mas apenas é” (ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 379). Para Lalande, existem duas definições: “A. duração indefinida. Este sentido primitivo é o menos usado em filosofia. B. característica do que está fora do tempo” (LALANDE, André. Vocabulário técnico e Crítico da Filosofia. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 348). Dent

A Anomalia da Normalidade

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A Anomalia da Normalidade O que é normal? O que se entende por normalidade é aquilo que a maioria, ou seja, 51% das pessoas aceitam como normal. Portanto, o que em uma cultura é normal, em outra, pode ser considerado como anormal – ou, na cultura do politicamente correto, uma coisa é aceitável ou não, segundo o costume, época, região etc. Entre as comunidades indígenas é comum (normal) o infanticídio. É normal crianças serem enterradas vivas porque nasceram com necessidades especiais. Para muitas tribos, inclusive no Brasil, como é o caso dos índios xinguanos, “ninguém pode depender de outra pessoa para viver” ( http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/cot125.pdf ). Os gêmeos também são sacrificados, pois segundo a crença indígena, um é mal e outro bom, mas, como não há como saber quem é o bom ou o mal, sacrificam-se os dois. Mães solteiras ou cujo “casamento” não deu certo também sacrificam a criança para que elas não cresçam sem o pai. As crianças albinas entram no m

O Céu pode esperar

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O C é u pode esperar Por Rev. Ricardo Rios Melo Ao pensar nesse título, deparei-me com o filme de comédia com o mesmo nome. O título desse filme em inglês é Down to Earth , que poderia ser traduzido por De Volta à Terra – o que faria mais sentido levando em consideração a sinopse da película que nos relata que um comediante que sonhava em fazer sucesso morre por engano dos anjos e, por conta disso, tem uma nova chance em outro corpo. Bom, se quiserem saber mais do filme, é só pesquisar ou assisti-lo mesmo. O meu intuito é falar sobre o tema O Céu pode Esperar. Existe um adágio que versa sobre o seguinte: todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer. Eu tenho percebido que as pessoas perderam toda a perspectiva sobre o Céu. Não querer morrer faz parte da natureza humana, uma vez que fomos criados por Deus para vivermos eternamente. Portanto, dentro da perspectiva humana, isso é compreensível. Porém, não querer ir para o céu é um mal que tem sua raiz na secularizaç

O preconceito do preconceito

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O preconceito do preconceito Rev. Ricardo Rios Melo A idade moderna passou. Nós somos agora pós-modernos, mesmo que não entendamos o que seja isso. A geração X foi embora e estamos na geração Y.   Para que entendamos isso, vejamos a definição de Fernando Viana: Pessoas que tem a habilidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo: falar ao telefone, escrever e-mails, baixar músicas e filmes na internet, conversar com várias pessoas nos programas de bate papo, ler jornais nos sites e ao mesmo tempo escrever um relatório sobre um projeto de trabalho. Este grupo é chamado por “ Geração Y” , ou seja, são pessoas que nasceram no final da década de 70 até o início da década de 90, que têm idade entre 16 e 29 anos e, portanto, estão ligados à internet desde que nasceram e que, muitas vezes, possuem habilidades tecnológicas que superam às das gerações anteriores. Essa geração foi precedida por duas gerações de características bastante diferenciadas: a geração que foi chamada de “Baby

O resto da minha vida

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O resto da minha vida rev. Ricardo Rios Melo Século XXI: pessoas apressadas para não perder o dia. Depois da revolução do telefone e da tecnologia, o homem contemporâneo trabalha muito mais que as 8h pretendidas. O avanço da globalização e as maravilhas da internet facilitaram a vida do homem, mas também não os deixaram mais em paz. Redes sociais, email-s, SMS etc. fizeram do homem pós-moderno um escravo da tecnologia. Estamos o tempo todo conectados! Até as amizades viraram virtuais. Como resultado disso tudo, corremos, corremos e nunca chegamos à reta final. Há uma sensação de vazio! Nunca se termina o trabalho, pois sempre terá continuidade amanhã ou em segundos. A vida pós-moderna levou o homem a um individualismo e a uma vida solitária em conjunto. Vivemos em grupos, contudo nossas ligações ficaram cada vez mais restritas a interesses egoísticos, hedônicos e fugazes.   Glilles Lipovetsky aduz: Houve uma transformação do público que se deve ao fato de que o hedoni