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Mostrando postagens de 2016

Enquanto as luzes não se apagam – uma breve avaliação do crescimento do ódio ao Natal

Enquanto as luzes não se apagam – uma breve avaliação do crescimento do ódio ao Natal  Rev. Ricardo Rios Melo Todo dia 25 de dezembro, da era presente, é marcado por uma grande controvérsia: o Natal. O Natal tem sua origem mais provável no paganismo. Dizem os estudiosos que a igreja de Roma fez uma substituição de diversas datas pagãs por comemorações cristãs. Isso pode ser chamado de cristianização da cultura. Credita-se, de modo geral, ao imperador romano Constantino, nascido na cidade de Naissus, em fevereiro de 272, e falecido em 27 de maio de 337, a façanha de transformar rapidamente a cultura romana de uma cultura helenizada a uma releitura cristã. Poeticamente falando, já que não se pode afirmar categoricamente que sua mudança tenha sido desse jeito, Constantino teria se convertido ao Cristianismo após um sonho onde derrotaria o exército inimigo usando uma cruz nos escudos de seus soldados. Realmente ele venceu, mas se o sonho existiu ou foi exatamente o que se imagin

Em busca da Alegria

Em busca da Alegria Em um domingo desses na igreja, estávamos todos concentrados, cantando ao Senhor. Mas, naquele dia eu parei um pouco de cantar, e comecei a olhar o rosto dos irmãos. Rapidamente, minha mente me transportou para um velório. Os irmãos estavam com os semblantes cansados, desanimados. Provavelmente, tiveram uma semana pesada e devem ter gastado suas últimas energias no sábado, pois naquele domingo estavam miando ao invés de cantar. O andamento da música estava um pouco menor do que eu esperava. Talvez eu estivesse mais acelerado; isso não é incomum, pois internamente eu sempre ando acelerado. Contudo, as próprias músicas escolhidas falavam de vitória, mas a fisionomia e a altura das vozes comunicavam que ali a derrota estava instalada. Olhei mais uma vez para os bancos. Encontrei alguns olhos atentos, outros dispersos. Estávamos em um culto ao Senhor! A pregação era sobre a obra de Cristo na Cruz e a vitória que isso nos proporcionou contra o pecado, a mo

“Bela, recatada e do lar” – uma breve análise da corrosão dos valores

“Bela, recatada e do lar” – uma breve análise da corrosão dos valores No dia 18 de abril de 2016, a revista Veja fez uma reportagem sobre Marcela Temer. Ela é esposa do ainda vice-presidente Michel Temer. Marcela, que é 43 anos mais nova que Michel, foi retratada como uma bela mulher que já concorreu em concursos de beleza e que é formada em direito. A reportagem retrata uma jovem recatada que é auxiliada por sua mãe. Ela é uma pessoa reservada e “do lar”. Concentra-se em cuidar do seu filho e é discreta e educada. O final da revista diz que “Michel Temer é um homem de sorte”. Bom, o que há de tão importante nessa matéria? A reportagem gerou polêmica nas redes sociais; chacota de alguns jornalistas. Alguns falaram que foi uma matéria com a clara intenção de elogiar o vice-presidente. Contudo, o que mais foi criticado é o fato de Marcela ser “bela, recatada e do lar”. Essa reportagem me fez lembrar um episódio emblemático da política brasileira, que retrata bem nossos di