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Mostrando postagens de agosto, 2009

Calvino a Serviço do Rei (VI parte) Por Rev.. Ricardo Rios Melo

Calvino a Serviço do Rei (VI parte) Por Rev.. Ricardo Rios Melo Influência no mundo ocidental O protestantismo se destacou durante a história como uma força intelectual vigorosa e atuante a despeito do desejo de seus adversários. Longe de ser obscurantista, a Reforma, principalmente a Reforma calvinista, construiu um novo homem: pensante, questionador, atento ao seu tempo com um olhar para o futuro. Muitos protestantes procuraram a academia e as ciências. Entre 1666 a 1883, foi constatado, por A. de Candolle, que o número de protestantes suplantava o número de católicos na Academie dês Sciences de Paris. “Na população da Europa Ocidental, fora da França, a proporção de católicos romanos para protestantes era de seis (católicos) para quatro (protestantes), enquanto, entre membros estrangeiros da Académie dês Sciences, a proporção era de seis (católicos) para vinte e sete (protestantes). (...) Entre os grupos de dez cientistas que, durante a Comonweealth, constituíram o nú

Calvino a Serviço do Rei (V parte)

Calvino a Serviço do Rei (V parte) Por: Rev. Ricardo Rios Melo O Caso Servetus Outra distorção comum que acontece na interpretação da vida de Calvino e sua obra é o episódio da execução de Servetus. Em 1553, ele foi queimado vivo na cidade genebrina, acusado de blasfêmia, pois não aceitava a trindade e a atacava com ferocidade. [1] O que temos que ter em mente é que Calvino era um homem de sua época e, portanto, tanto ele como os reformadores pertenciam a um período histórico em que a heresia era tratada com a pena de morte. “Genebra não era uma exceção. Uma vez que havia sido provada a existência de um herege em seu meio, cujas simpatias o alinhavam com a ala radical da Reforma, as autoridades de Genebra tiveram pouca opção, exceto agir, apesar das dificuldades advindas do fato de que Serveto não estava, estritamente falando, sujeito à justiça de Genebra”. [2] Servetus “já havia sido condenado como herege pelas autoridades católicas, na França; contudo, ele havia escapado d

Calvino a serviço do Rei (IV Parte)

Calvino a serviço do Rei (IV Parte) Por. Rev. Ricardo Rios Melo Influência no mundo e as distorções de seu pensamento Segundo alguns críticos, Calvino foi “o pai do capitalismo”. Ironicamente, morreu de modo simples e digno de um servo. “(...) seu corpo foi envolvido em um lençol e posto em um ataúde de madeira, tudo simplesmente. Depois, cerca de duas horas após o meio-dia, foi levado da maneira de costume, como, ademais, havia ordenado, ao cemitério comum chamado Plein Palal [Palácio Pleno], sem pompa nem qualquer aparato”. [1] É pertinente o relato da morte de Calvino pelo seu contemporâneo e amigo Beza: Alguns meses depois, certos estudantes recém-vindos a estudar aqui ficaram não pouco frustrados um dia, quando foram ao cemitério expressamente para ver o túmulo de Calvino, pensando aí ver um mausoléu grandioso e magnífico e nada viram, senão terra singela, em nada mais do que todos os outros. Isso deve, ao menos, servir contra aqueles que, de longa data, nos há acusa