Balanço do Carnaval

Balanço do Carnaval

Queridos e amados irmãos, mais um Carnaval chegou e com ele muitas coisas também chegaram: a fantasia de felicidade de muitos que depositam suas expectativas nesse feriado. Parece loucura, mas muitos “foliões” colocam a expectativa da alegria nesses dias. Eles ficam o ano todo esperando esse momento para soltar, dizem eles, as “energias negativas” adquiridas. Muitos casamentos foram desfeitos. Não dá para contabilizar, mas é certo que muitos maridos e esposas nessa época se separam por infidelidade. Muitas doenças se propagam: apesar da campanha do governo pelo uso do preservativo que inibe a doença e incentiva a promiscuidade, muita gente que não usa o preservativo, por estar tão bêbado ou por confiar no parceiro, contrai doenças incuráveis. O índice de gravidez indesejada provavelmente aumenta: apesar de certas campanhas indevidas para o uso da pílula do dia seguinte, muitas não se utilizarão dela. O índice de acidentes na estrada, por causa da bebida, também é alto: mortes, brigas e prisões, coisas que não são muito divulgadas pela mídia, para não afastar os turistas.

O Carnaval passa e com ele se renovou a velha tática romana do “pão e circo”, pois nesse período, aumentou a gasolina, o pobre continua mais pobre, a insegurança dos cidadãos que ficam cada vez mais presos, enquanto os bandidos ficam soltos. Tudo continua a mesma coisa, pois a “alegria” do carnaval é passageira e os prazeres do carnaval são momentâneos e alienadores.

O Carnaval é uma festa pagã em que os pagãos pagam para ouvir músicas que quase sempre não dizem nada ou que têm duplo sentido. Pagam para dançar coreografias sensuais que mexem com a libido. Essa festa cada vez mais representa a bacchanália em que os camponeses homenageavam o deus Baco com muita bebida e orgias sexuais, para comemorar a colheita na Roma pré-cristã. Se vocês acham que estou exagerando, façam uma pesquisa e verão que a nudez aumentou. Nesse período, as mulheres disputam quem vai sair na próxima revista masculina e os jovens fazem conta de com quantas pessoas eles “ficaram”. No exterior, a imagem de um Brasil cheio de mulatas desnudas só estimula o turismo sexual e a crença de que o Brasil é um país de terceiro mundo e não civilizado.

Enfim, Carnaval – a festa da carne (alguns discordam dessa etimologia), a festa do pecado – deixa um saldo negativo na espiritualidade que já era de zero para aqueles que não são Cristãos, que atentam contra as consciências e que arrastam alguns cristãos que estão fracos na fé. Representa nada mais, nada menos que o afastamento do homem de Deus. Carnaval: 100% de pecado, 0% de espiritualidade, 100% de desilusão e ilusão.

Para quem se retirou, literalmente, e pôde passar momentos com os irmãos em acampamentos e passeios, ou até em casa, o saldo é positivo, pois estreitamos a comunhão com os irmãos e fomos edificados mais com a Palavra de Deus. Aprendemos também que a “alegria” do mundo não se pode comparar com a alegria que vem de Deus, pois a alegria de Cristo é indizível.

Se você quer saber o que incomoda muita gente é o fato de que os crentes não precisam de bebida para ficarem alegres, não precisam “ficar” para se satisfazerem, pois a castidade pré-nupcial e o casamento já satisfazem o crente. A fidelidade ao namoro e ao casamento também, pois assim os cristãos estão sendo fieis ao próprio Deus e amando ao irmão e também não provoca ninguém com a sensualidade para não defraudarem o irmão.

Queridos, o balanço do Carnaval pela igreja deve ser esse: se você se comprometer mais com Deus nesse período e avaliar o Carnaval como abominação a Deus, você estará com seu saldo positivo, mas se você cair na bacchanália, certamente você agradará o deus Baco, ou melhor você agradará a satanás.

Essa pastoral tem o intuito de lhe dizer que não precisamos da festa da carne: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gl 5.16,17) e mais à frente o texto diz: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5.19-21), pois somos espirituais e a nossa alegria não se resume a poucos dias e não precisa ser movida a música e a bebida e outras coisas, pois temos a paz e alegria que excede todo entendimento (Jo 14.27): “e os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna (Gl 5.24 – 6.1).

Deus nos livre da carne e nos liberte cada vez mais de seus efeitos!

Rev. Ricardo Rios Melo

Comentários

Adriana disse…
Esse hino diz mesmo tudo (direção divina), sou da Segunda Igreja Batista em Campo Maior PI, somos calvinistas, digo cremos nas doutrinas da graça. Visite o blog de meu pastor www.marcuspaixao.wordpress.com ou o site de minha igreja www.sibcampomaiorpi Muito bom esse seu artigo. Fique na paz de Cristo!! Ir. Adriana
Cara Adriana,

Muito obrigado por sua visita. Esse hino foi dirigido por Deus - é uma obra prima!

P.S visitarei o blog do Pr Marcus.

Deus a abençoe!

Rev. Ricardo Rios

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